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obsessão

Atualizado: 21 de jun. de 2023

Obsessões são pensamentos, impulsos ou imagens recorrentes e persistentes, experimentados como intrusivos e indesejáveis que invadem a consciência contra a vontade da pessoa. Causam acentuada ansiedade, medo ou desconforto, interferem nas atividades diárias, nas relações interpessoais ou ocupam boa parte do tempo do indivíduo. As obsessões também podem ser cenas, palavras, frases, números, músicas que o indivíduo não consegue afastar ou suprimir.

No TOC as obsessões são ativadas por situações triviais como chegar ou sair de casa (dúvidas e verificações), usar um banheiro público, tocar em objetos como torneiras, maçanetas, dinheiro (medo de contaminação) ou passar perto de uma lixeira. Tais situações são avaliadas como representando uma ameaça ou como possibilidade de que ocorra alguma falha ou desastre (contaminar-se, a casa inundar ou incendiar). Provocam ansiedade, medo e induzem o indivíduo a fazer algo (os rituais) com o objetivo afastar a "ameaça" ou reduzir o risco, ou ainda evitando o contato como forma de eliminar o medo ou o desconforto.

As obsessões mais comuns

As obsessões mais comuns são os medos de contaminação e a preocupação com germes/sujeira, as dúvidas sobre a possiblidade de falhas e a necessidade de ter certeza. Também são comuns pensamentos, impulsos ou imagens indesejáveis e perturbadores de conteúdo violento ou agressivo (ferir ou agredir outras pessoas), sexual (molestar uma criança, dúvidas sobre a orientação sexual) ou blasfemo (ofender a Deus); pensamentos supersticiosos relacionados a números, cores, datas ou horários; preocupação em que as coisas estejam alinhadas e simétricas ou no lugar "certo" e preocupações excessivas por armazenar, poupar ou guardar coisas inúteis (colecionamento).

Obsessões em outros transtornos mentais

As obsessões não são sintomas exclusivos do TOC. Elas podem estar presentes numa variedade de outros transtornos mentais como, por exemplo, nas depressões (ruminações de culpa, desvalia ou desamparo), nos transtornos alimentares (preocupação persistente com o peso ou com as calorias dos alimentos), nos transtornos de impulsos (com aquisições, no comprar compulsivo, ou com o jogo, no jogo patológico). Nesses casos não deve ser feito o diagnóstico de TOC mas desses outros transtornos.



A pessoa obsessiva costuma viver por um objetivo, mas não sente prazer por isso. Pelo contrário, a obsessão gera sofrimento, culpa e ansiedade.

Caracterizada por um ideia fixa, ela pode ser por vários motivos diferentes, como aparência, relacionamento amoroso, limpeza, alimentação ou trabalho.

Todas as pessoas podem ter algumas características obsessivas. Mas a diferença entre o normal e o distúrbio psicológico está no sofrimento causado e na interferência da rotina diária do sujeito. A obsessão não permite uma vida normal e as mais comuns são relacionadas à:

· Limpeza, sujeira e contaminações;

· Dúvidas;

· Simetria, perfeição ou alinhamento;

· Desejo de ferir, insultar ou agredir outras pessoas;

· Sexo ou obscenidades;

· Armazenamento ou economia de coisas inúteis;

· Preocupações com doenças ou com a aparência do corpo;

· Cumprimento da religião (pecado, culpa, escrúpulos, sacrilégios ou blasfêmias);

· Números especiais, cores, datas e horários.

Quem sofre com isso, simplesmente não consegue direcionar seus pensamentos para outras preocupações, mesmo que tente bastante. Mesmo sem uma razão ou lógica aparente, a obsessão leva a pessoa a ter compulsões relacionados a sua fixação. São elas que aliviam momentaneamente a ansiedade, levando o indivíduo a sempre repetir a ação para se tranquilizar.

A vida de um obsessivo

Os obsessivos podem ter muita dificuldade em perceber o seu próprio problema. É comum que o alerta venha de familiares, pessoas do convívio, ou após ler ou ouvir sobre essa doença.

Em outros casos, o obsessivo até percebe que suas ações são ilógicas e absurdas, mas não consegue parar de pensar e nem de agir compulsivamente. Isso a torna uma pessoa reservada, que se afasta do convívio social, tentando esconder o que acontece e com medo dos julgamentos.

Há situações em que os obsessivos acabam interrompendo suas ocupações, profissionais ou acadêmicas, por não conseguirem conciliar o desgaste que sentem com o ritmo de vida e nem ter tempo para as compulsões, que podem consumir várias horas por dia.

É fundamental que quem sofra consiga reconhecer que precisa de ajuda e tratamento. Ao contrário do que algumas vezes se imagina, não é se livrando do objetivo que cura-se um obsessivo.

É preciso um trabalho psicoterápico, com acompanhamento de um psicólogo, para investigar as causas e fatores inconscientes da obsessão.


Quem está preso no ciclo da obsessão pode chegar a pensar que nunca mais conseguirá viver normalmente. Mas existe, sim, saídas para esse problema.

Dependendo da situação, para o tratamento pode ser preciso conciliar terapia e farmacologia. A intervenção do terapeuta terá uma abordagem cognitiva-comportamental, em que o trabalho é feito para enfrentar as obsessões (ao invés de ignorá-las) e impedir os atos compulsivos.

O tratamento é individual e depende muito da situação de cada paciente. Em comum, estarão as ações de exercícios mentais para controlar os pensamentos e ações relacionados à obsessão.

Há claro outros tipos de obsessão, como a obsessão por uma pessoa, por alguma situação ou crença, exemplo o apego excessivo a alguém, parceiro ou familiar, muitas mães apresentam esse tipo de transtorno.

A auto obsessão quando a pessoa tem uma ideia fixa sobre si mesma, boa ou não, e vive ou age em função dessa ideia. Orgulho, baixa estima, sentimento de inferioridade e outras.

E, claro a obsessão espiritual ou energética, uma realidade por vezes ignorada.

As terapias holísticas atendem e cuidam desses e outros tipos de perturbações.




 
 
 

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